sexta-feira, 28 de março de 2014

Um novo direcionamento ao ensino de Física



As últimas décadas têm sido marcadas pelos grandes avanços científicos e tecnológicos e isto tem despertado nos jovens olhares mais atentos sobre temas relacionados às Ciências de uma forma geral. A Física, em particular, tem contribuído de forma significativa nesse sentido, principalmente para o desenvolvimento da Medicina e das Engenharias.
Porém o que se tem percebido é que o ensino Física no Ensino Médio, em particular, não tem acompanhado esse desenvolvimento e cada vez mais se distancia das necessidades dos alunos no que diz respeito ao estudo de conhecimentos científicos mais atuais.
Uma das causas que pode ser apontada como uma das contribuintes para este cenário é a defasagem em termos de conteúdo do atual currículo de Física e o que o aluno acompanha através da mídia escrita e falada, sobre os avanços e descobertas científicas no campo da Física no Brasil e no mundo.
É comum, nas aulas de Física, os alunos trazerem discussões sobre assuntos que leram ou ouviram em revistas, jornais e telejornais, e que por serem mais atuais e/ou estarem presentes no seu no dia a dia, despertam um interesse em conhecê-los melhor e, muitas vezes, entender que princípios físicos explicam o fenômeno.
Klajn (2002) compreende que o “ensino aprendizagem da Física deve ser embebido na realidade; deve estar dentro de uma concepção que destaque o papel social da mesma através de uma contextualização social, política, filosófica, histórica, econômica e religiosa” (2002, p.35). Assim, a Física passa a valorizar a autonomia do sujeito, proporcionando ao mesmo a liberdade de expressar suas ideias, desenvolver a sua criatividade e ir mais longe, sendo ousado em apresentar suas próprias soluções aos problemas existentes a sua volta.
Para isso é importante buscar um ensino de Física em que o aluno desenvolva um olhar crítico e reflexivo sobre o mundo que o cerca, instigando a curiosidade e desenvolvendo a capacidade de perceber a natureza investigativa da ciência. É necessário desenvolver nos alunos habilidades e competências que permitam, entre outras coisas, a interpretação de textos e comunicações de ciência e tecnologia, veiculada pelos mais diferentes meios, de tal forma que torne possível o posicionamento crítico em relação a temas de ciência e tecnologia presentes em seu cotidiano.

Referências Bibliográficas

KLAJN, Suzana. Física a vilã da escola. Passo Fundo, 1 ed. Passo Fundo: UPF. Passo Fundo, 2002.